A vida, naquele momento carecendo de graça e sentido, encontrou-se no desenho daquele sorriso.
Invisíveis aos olhos de toda a gente, os olhares se encontraram. E desrespeitando a lei não escrita dos primeiros olhares, demoraram-se mais que o um-segundo protocolar. E foi ali que se perderam.
Talvez a distância exata entre os corpos naquele específico minuto, talvez a densidade do ar matutino ou a intensidade da solidão na pele de cada um. Talvez - quem sabe? - um instante a mais ou a menos não os encontrassem naquela determinada posição, naquele ângulo de visão, naquela particualr incidência da luz. Talvez. Mas foi assim que aconteceu.
Ele estava de passagem. Não se viram nunca mais. Mas há um certo momento em que as memórias se encontram, mesmo que eles pensem que estão sozinhos. Não estão. Nunca mais.
domingo, 6 de abril de 2008
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8 comentários:
Telepatia...
Encontros em segredo de almas distantes, apenas unidas por um único momento...
Beijo
Mesmo não tendo nada que ver com o que você escreveu, eu lembrei muito de efeito borboleta (não o filme).
O desencadear das coisas, apesar das infinitas possibilidades.
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Oi querido!
Passei para dar beijo!
=)
Nunca mais sozinho,,, levamos um pouco de todos com quem temos contato,,, acredito, também!
Bom, todo prosa,,, bom!
Abraços e cotidianas invenções!
...sim! Há olhares que ficam para sempre...Nada é mais eloquente que uma troca de olhares, entre pessoas que sintonizam! Beijos e um dia muito feliz!
Um olhar, semi-perdido no tempo.. Presente ainda, em memórias tortas, nos dias mais abstratos...
Lindo. Nos dá a sensação meeesmo de não estarmos sozinhos. Beijos
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