Hora de soprar as velinhas!
Não escrevera um livro. O que havia de si espalhado pelo mundo renderia uns vinte, ou mesmo mais... mas nunca teve a coragem ou a iniciativa.
Não plantara nem uma árvore. Nem mesmo o feijãozinho dentro do vidro de maionese.
Filhos? Ha!
Não restaria absolutamente nada. Talvez seu nome em um obituário, que duraria enquanto o papel não se desfizesse em pó.
Havia a memória dos que o amavam. Mas a memória, todos sabem, é coisa volátil, volúvel. Bastaria um novo amor, um novo filho, um novo amigo... E mesmo o tecido humano, guardião das memórias boas e más, tem seu prazo de validade. Curto, por sinal.
Por isso mesmo não iria sozinho. Quem pode saber como é a morte? Talvez seja um vagão sem portas e sem destino. Quem sabe um trem que vague por todo o sempre...?
Levaria todos os que ama consigo. E viveriam todos em festa, bailando e bebendo pelos trilhos da eternidade.
Seu aniversário, a data perfeita. Soprou a velinha.
Da cozinha, veio o som da explosão.
sábado, 14 de julho de 2007
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9 comentários:
...e seria assim todos os anos, não?
sempre é...
uau!
conhece esse?
www.caramelinhos.blogspot.com
abs
Jardineiros
Muito triste!
A própria cara da desilusão.
beijos
primeira vez que visito tus prosas.
vou gostando.
isso que é festa de arromba, hum?
beijão!
Aplaudindo.
Um beijo, amigo.
:D
merecido.
Olá, aqui estou para deixar meus parabéns pela sua indicação ao prêmio blog 5 estrelas!
Tenha uma boa semana.
=]
Gostei demais da conta!!! Foi esse texto danadinho que tentei imprimir no dia do sarau!!! Beijos mil!!!!
Acho que nunca gostei de aniversários, ademais quando explodem. Abraços!
Antônio Alves
No Passeio Público
Postagens às quartas e domingos
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